sábado, 27 de abril de 2013

HOMENS DE HONRA


Na sociedade atual a honra está fora de moda; é comum os jovens-homens se vangloriarem de feitos absurdos, mesquinhos, anti-éticos e ainda assim acreditarem-se acima daqueles que postulam pela seriedade; estes chamados de "babacas".


Infelizmente a causa dessa disfunção ética está na educação; não àquela que atribuíram à escola, mas sim, à educação da família; de pais e mães que deveriam ser responsáveis pelo norte que todo jovem deveria ter.

O mundo moderno é recheado de opções à quem quiser desfrutar de uma existência digna, repleta de saberes provindos do conhecimento que não deveria ser objeto meramente do senso comum e da vulgaridade.

A tentativa dos país modernos em serem corretos para com seus filhos, deixando-lhes as opções mais variadas, fez com que possibilitassem à esses jovens uma ampla liberdade, esquecendo-se de que a não indicação de um caminho correto à trilhar possibilitaria à muitos optarem por atalhos que levariam à libertinagem e ao desencadeamento do rompimento do ínfimo fio moral moral que ainda poderia liga-los aos genitores.

Hoje, os jovens-homens estão sem rumo, sem norte, reféns de uma sociedade perdida na imensidão de fazeres anti-éticos e vulgarizados por àqueles que nunca receberam atenção devida no momento primeiro da educação: a família.

Essa vulgarização teve dois momentos decisivos para se manifestar: na música e na moda. 

Jovens-homens com calças arreadas com a "bunda" à mostra ou com os órgãos genitais em manifesta agressão aos costumes decentes como se quisessem a todo instante proceder ao coito ao avistar a primeira fêmea. 

De outro lado as jovens-mulheres que, na falta de um aformoseamento mais em destaque na moda, por parte da natureza, se lançaram ao que se costuma chamar de "turbinagem". Turbinam bundas, seios e tudo o mais que se possa imaginar na ânsia de se ver em destaque para o macho ou, para a fêmea. 

A moda, se é que se pode chamar de moda o que se vê hoje em dia, aprimoram a indecência. 

São calças "legs" tão rentes ao corpo que é impossível acreditar-se que estão vestidas. Além do mais, essas vestimentos, auxiliam-nas a corrigir suas imperfeições. Como objetivo é mesmo o material, se vendem como mercadorias expostas em prateleiras. 

Mas vendem gato por lebre; uma vez que seu aformoseamento é falso.

Por sua vez as músicas, que são hoje em dia indiscutivelmente a criação mais medíocre que se tem conhecimento na história, apela para a vulgarização humana confundindo Ser e Ter e, com isso, transformando o ser existente em mercadoria de consumo. 

São "funks" ou vá lá o nome que derem, que misturam bandidagem, crimes, sexo e vulgarização máxima do corpo feminino. Senão, vejamos a letra de uma música, composta e interpretada por uma "artista" das mais conhecidas e divulgadas por Rádios, TVs, Jornais e Revistas, das maiores empresas de comunicação de nosso país; seu nome: Valesca "Popozuda", acompanhada por um outro "músico" de nome "Mr. Catra". 

Nome da música: "Mama", ei-la:
(Valesca)
Muita polêmica, muita confusão
Resolvi parar de cantar palavrão
Por isso, negão, vou cantar essa canção...
Quando eu te vi de patrão, de cordão, de R1 e camisa azul
Logo encharcou minha xota e ali percebi que piscou o meu cu
Eu sei que você já é casado, mas me diz o que fazer
Porque quando a piroca tem dona é que vem a vontade de fuder

Então mama, pega no meu grelo e mama
Me chama de piranha na cama
Minha xota quer gozar, quero dar, quero te dar

Eaí Catra, o meu grelo já tá latejando. Qual vai ser? Manda o papo negão...
(Catra)
Quando eu te vi no portão, de trancinha, tamanco e vestido azul
Logo latejou o meu pau e ali logo vi que piscou o seu cu
Puxei sua calcinha de lado e dei três cuspidas pro meu pau entrar
Então eu fiquei assustado, porque você só queria mamar

Então mama, pega minha vara e mama
Vem deitar na minha cama
Aah... Maravilha
Mama, Olha bem pra mim e mama
Mama o meu saco...
Ah, eu vou me apaixonar

Pô Valesca... Você sabe que no meu harém de mulheres tem mais de cem, mas você foi a única que se ligou que uma mamada e um copo d'água não se nega a ninguém...
E hoje quando eu te peço
Mama...
Você vem me mamar com calor
Você vem me mamar com amor
Então mama por favor
Mama por favor

(Valesca)
Então mama, pega no meu grelo e mama
Me chama de piranha na cama
Que isso, caralho? (Vem mamar)

(Catra)
Mama, olha bem pra mim e mama
Ou me mama ou eu saio
Mama... Ah, eu vou me apaixonar

(Valesca)
Então mama
Quero gozar, vai
Por favor, mama, mama, mama negão!
Mama... 
Tenho ou não razão?

Com o fim do respeito ao seu próprio ser o homem e a mulher estão agora reféns da vulgaridade, expressando isso com o seu próprio corpo e assassinando o Ser. Não vêm mais horizontes e se atiram no lamaçal medíocre da idiotice, da banalização do corpo, da sanha absurda em se tornarem um nada, perdendo o mais importante de suas vidas: a auto-estima; com isso perdem também a própria alma.

Como então vamos ter homens de honra nos dias de hoje se isso está fora de moda? As mulheres se vulgarizam em tudo e não reconhecem mais o cavalheirismo, a ética e a sensibilidade masculina; creditando essa deferência máxima da educação masculina àqueles que se afeminaram, também outro costume imposto aos homens. 

Aqui não me refiro a homossexualidade e sim a feminilização, coisas diferentes para serem tratados em esferas diferentes. Ser homossexual não significa ter obrigatoriamente a necessidade de transfigurar o próprio corpo. Aqui estou sendo "bonzinho" pois é um assunto que por conta de uma outra moda está transformando o país em  palco carnavalesco e ringue para lutas bestiais, como se opções possam ser impostas à força.

Onde vamos encontrar homens de honra? Homens que respeitem a mulher e que por elas são também respeitados?

O respeito deve ser mútuo e, portanto, para manifestá-lo é necessário ter o aprendizado de berço, na família; primeiro momento da educação. 

Sem a noção do que é família e sem ter vivido essa experiência máxima da vida é difícil encontrarmos homens de honra, a não ser que os forjemos a ferro e fogo, o que também é possível, se não, vejamos, a partir de um aprendizado imposto por àqueles que, embora depois desvirtuando-a, souberam enobrece-la no seu tempo: a Máfia.

Dez ensinamentos dos "mafiosos" que são mais éticos do que perambular na rua de bunda de fora e contorcendo-se com seus silicones à mostra:

1- Respeite a sua família: Em uma das cenas do filme "O Poderoso Chefão", quando o cantor "Jhonny Fontane" vai pedir um favor ao Don "Vito Corleone", a primeira coisa que este pergunta é: "Você tem cuidado de sua família? Um homem que não cuida de sua família não é um homem de verdade". A nossa família é a nossa base mais importante, cuidou de nós durante toda a nossa vida, nada mais justo que depois de homens, nós cuidemos dela. 

2- Jamais cobice a mulher de seu amigo: Aquela velha história que "mulher de amigo meu pra mim é homem" é levada a sério dentro da máfia, sendo uma das únicas formas autorizadas para uma "vendetta" fora dos negócios. Existem bilhões de mulheres no planeta, amizades são pouquíssimas e acreditem, valem muito. 

3- Respeite seus inimigos: Sempre ouvi a frase "mantenha os amigos por perto, e os inimigos mais perto ainda." Nunca subestime uma pessoa, você jamais saberá ao certo do que ela é capaz. Se você sabe que alguém tem algo contra você, mantenha sempre um pouco de atenção nela, afinal, o seguro morreu de velho. 

4- Respeite a sua mulher: O casamento, assim como a família, é algo extremamente importante para a máfia. Um mafioso pode ter quantas "gomares" (amantes) quiser, mas, em hipótese alguma pode desrespeitar ou deixar faltar algo para a esposa. Afinal, estar com ela foi uma opção dele, e um homem de verdade honra as suas escolhas.

5- Guarde seus pensamentos para você: Um grande amigo meu sempre disse que "opinião é igual c*, não é porque você tem, que deve sair dando". Na máfia eles levam esse pensamento à sério, você tem a hora e o lugar pra expor suas idéias, faze-lo na hora errada pode significar uma "passagem" prematura para o outro mundo. 

6- Valorize os favores: Ao contrário do que se pensa, nem tudo na máfia gira em torno de dinheiro, como já dizia aquela propaganda de cartão de crédito: "Existem coisas que o dinheiro não compra", gratidão e fidelidade são algumas delas. Na "Cosa Nostra" é comum o termo "Sicuro di favori", algo como "Cofre de favores". Para eles, ter um favor para trocar com você, muitas vezes, vale mais do que dinheiro. 

7- Delegue funções: Nenhum mafioso cuida da organização inteira sozinho. O "Capo di tutti capi" delega funções aos "capos", que delegam aos "cominciato", que delegam aos "soldati" que contam com a ajuda dos "collaboratori"... Com esse método, eles sabem o que cobrar de quem, e perde-se pouca informação em caso de morte ou prisão de algum membro. 

8- Mantenha seus compromissos: Nada é mais importante dentro da máfia do que ser considerado um "uomo d'onore". Portanto, sempre cumpra o combinado, respeite os prazos e NUNCA prometa o que você não pode cumprir. 

9- Nunca desperdice uma boa idéia: Se existem pessoas que sabem aproveitar idéias nesse mundo, são os mafiosos. A máfia se infiltrou em praticamente TODOS os negócios ilegais e legais na Itália e em grande parte da Europa, simplesmente por não perder nenhuma boa idéia. Mesmo que algo não seja viável para aquele momento, o "projeto" é guardado para ser colocado em prática em outra hora.

10- Respeite seu chefe: Na máfia, você desrespeitar seu superior é o atalho mais rápido para o outro mundo. No seu emprego, a consequência não será tão trágica, mas, a possibilidade de ser demitido e voltar a distribuir currículos sem uma boa carta de recomendação nas mãos, também não é agradável. E lembre-se, quando se é chefe, deve-se respeitar a "memória" de seu antecessor, afinal mesmo entre os ladrões ainda existe honra.

Bem, na verdade, abordei mais de um tema neste texto, entretanto o que vale é a intenção de colaborar para a vida e que essa, a vida de cada um, seja plena de felicidade neste mundo. 

Sejamos pois, "uomo d'onore".

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