domingo, 29 de setembro de 2013

HOMENS DE HONRA; ONDE ANDARÃO?

Há vários anos venho republicando este texto em meus blogs; a intenção é o reencontro, saber por onde andam velhos companheiros de caserna, na esperança de retornar no tempo através da memória.

Em pé: Cb. Irapuan; Cb. Dario; Cb. Bittencourt; Cb. Azevedo; Cb. S. Gandon; 
Sgt. N. Gandon (hoje Capitão); Cb. Selmo (hoje Sgt) e, agachados: Cb. Brandolf; 
Cb. Dionísio (hoje Sgt) e Cb. Mative.

Uma viagem realizada neste mês, à Porto Alegre, possibilitou-nos um grande reencontro com velhos companheiros do 18º R.I., na praia de Albatroz, que teve como anfitrião o velho e querido Cb. Dario. Lá estavam Cb. Bittencourt, Cb. Mative, Cb. Azevedo, Cb. Brandolf. Cb. Dario, Cb. Sidnei Gandon, Cb. Selmo (hoje Sgt reformado), Cb. Irapuan, Cb Dionísio (hoje Sgt reformado) e Sgt Nelson Gandon (hoje Capitão reformado). 


Já programamos outras festividades e esperamos o comparecimento de mais companheiros que um dia vestiram a farda verde oliva.


A lembrança é o repositório da história, a história existencial e a história de cada ser que transita neste mundo.

Os reencontros vêm acontecendo e eu agradeço muito àqueles que nos informam sobre um ou outro dos velhos companheiros da vida militar pois assim nossa história cria vida.


Foi dessa forma, através de informações, que encontrei o filho do Cb. Adão Renato e pude saber que o velho companheiro do 9º R.C.B., de São Gabriel, para onde fui transferido, dando continuidade a minha vida militar, se encontra hoje em João Pessoa, já reformado, como sargento. Também, através da internet, comunicar-me com o irmão do Cb Dias e 
poder escrever-lhe, são acontecimentos de rara felicidade que nos remete ao passado trazendo alegria.



Juntamente com boas notícias, algumas tristezas; infelizmente o soldado Martins, nosso companheiro de Pelotar do 18º R.I., que chegou ao posto de Capitão, partiu de forma inesperada e abrupta. Mas, assim é nossa existência; caminhamos...

Cbs. Dario, Irapuan e Selmo.
Reencontrar os Cbs. Dario, Gandon e Selmo, hoje reformado como sargento, infantes dos bons tempos, foi de uma alegria ímpar. Saber que o Cb. Dionísio, também reformado como sargento, é um ermitão da praia e motociclista do asfalto; que o Cb. Mative é cantor nativista; que o Cb. Bittencourt é um empresário de sucesso em Torres; que o Cb Brandolf continua sendo um grande Mestre do Karatê; que o Cb. Azevedo trilhou o caminho da comunicação, alegrou-nos muitíssimo.

Foi um tempo de vida, vivido na Caserna, entre o 1º/18º RI, QG da 6ª DI, 11ª Cia Com e o 9º RCB; de 1968 a 1973, e que permanecerá alimentando nossa memória.

Mas, insisto, onde andarão os velhos companheiros de Caserna?


Cb. Dias; Cb. Rondon; Cb. Carlos; Cb. Adão Renato (Adão Renato Pons do Couto); Cb. Jacobsen; Cb. Maciel (Antonio Carlos Souto Maciel); Cb. Dario (Dario da Silva Silveira); Cb. Gandon (Sidnei Gandon); Cb. Carvalho; Cb. Gomes; Cb. Brandolf; Cb. Azevedo; Sd. Getúlio; Sgt. Odracir; Sgt. Lima; Sgt. Flávio; Sgt. Lydio; Sgt Salinhac; Ten. Adel; Ten. Porciúncula; Ten. Correia Lima; Ten. Messias; Ten. Sparta; Cap. Cordeiro (Fernando Vilhena Cordeiro); Cap. Caggiano (João Francisco Caggiano Neto); Ten. Estrázulas; Ten. Clézio; Major Índio; Cel. Magalhães; Cel. Sharnadoff (Harry Alberto Sharnadoff); Ten Cel. Ney (Ney Lauro Nunes de Carvalho); Cel. Jacobina (Alberto Bayard Pereira Jacobina); Cap. Brocardo (Odone Silvio Viero Brocardo); Major Léo; Major Salgado; Cap. Assis; Ten. Carvalho; Ten. Marloi; Ten. Bittencourt; Ten. Amodeo (Salvador Amodeo); Ten. Fernando; Ten. Cavalinho; Sgt. Adailton; Sgt. Calvi; Sgt. Odone; Sgt. Valério; Sgt. Salgado; Ten. Marder; Cb. Valmor; Sd. Aquiles (Aquiles Eder); Sd. Gayer (Omar Gayer); Ten. Vicente (João Vicente Vitola); Ten. Guedes; Cap. Del’Olmo (Florisbal Del'Olmo); Ten. Macy; Cb. Cambraia; Cb. Portela; Cb. Tavares; Ten.Cabecita; Cb. Rudenir (Rudenir Meireles Cunha - Rudy Meireles); Cb. Mative (Otacílio Mative); Ten. Amorim (Rui Amorim de Lima); Ten. Byron (Paulo Byron de Oliveira Soares Filho); Cb. Teixeira; Cb. Bombardeli; Cb. Martins; Cb. Bittencourt; Sd. Osório; Sd. Nélio; Cb. Santa Maria; Sgt. Gandon (Nelson Gandon); Sgt. Cícero; Gen. Borges Fortes (Breno Borges Fortes); Gen. Mourão; Gen. Mena Barreto; Sd. Tolentino; Sd. Edgar; Sd. Pereira; Sd. Laudelino; Cb. Claudiomar; Cb. Beltrão; Cb. Valiatti; Ten. Cesar; Ten. Sávio; Ten. Élcio e os alunos da 11ª Cia. Com. CFC 1969, Cb. Bonemar, Elso, Silveira; Sds. Leonardo, Tolfo, Siega, Costa, Bittencourt, Prates, Assis e tantos outros que as imagens são presentes, mas os nomes se perderam pelo acúmulo de informações em nossa memória.


Claro que, à distância, eu soube das promoções; das reformas; de algumas mudanças de carreira, assim como, inevitavelmente, de alguns que já se despediram da vida; mas o trânsito no mundo exige-nos o caminhar constante.

Cada um daqueles que um dia se encontraram tem o seu mundo e o faz a cada instante, pois a existência é feita também da materialidade, com suas competições e a permanente busca por ascensão social; por esta razão meus feitos não ficaram estagnados, mas, infelizmente, distanciaram-me de muitos daqueles com quem um dia convivi.

Os nomes fazem parte da lembrança que celebramos durante um instante do tempo existencial e nos apontam o significado de Ser com o Outro. Essa identidade materializa a memória e a faz viva em nova perspectiva revivendo o passado cristalizado no tempo.

Seriam necessárias várias páginas para ser fiel a todos os que participaram e ainda participam da vida de alguém; no meu caso eu deveria acrescentar colegas de profissões, como os professores; colegas de atividades, como os de parlamento; colegas das universidades e faculdades e os amigos; estes poucos, muito poucos. Mas pensei que os meus 18 anos seria um marco referencial e por isso enumerei os companheiros da caserna, de um instante de tempo que somou mais de cinco anos. Propositalmente os nomes não estão em ordem de hierarquia e muito menos divididos por unidade militar, pois todos eles de um tempo e outro, com divisas, sem divisas ou com estrelas gemadas ou não, foram seres humanos de um interregno do meu tempo existencial.

Onde andarão?


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